A origem

Eis que em um exercício de autoconhecimento eu me vejo sendo uma pessoa que sente com frequência a tristeza, e sempre o quase sempre experiências emocionais "ruins". O mais interessante é que eu também sinto experiências emocionais "boas" sempre ou quase sempre. Em outras palavras: Eu sinto muito!

E frente a isso eu me coloquei a explorar ainda mais esses aspectos: a começar pela tristeza...

- Eu sinto tristeza

- Eu sinto tristeza pois eu escolho sentir

- Eu escolho sentir tristeza pois eu acredito que isso me seja útil

Então me pergunto:

Qual a pior coisa que pode acontecer se eu deixar de me sentir triste?

E a resposta é clara: deixar de ter amigos, minha experiência autônoma de felicidade constante me leva a uma experiência onde busco o novo (quase que) constantemente, isso é ótimo para eu me conhecer e buscar saber mais sobre a vida e a existência. Porém sinto que minhas relações se tornam cada vez mais superficiais, sendo difícil chamar de amigo, as pessoas que se apresentam para mim nessas novas experiências.

Porém novamente: Amizade é algo que eu estou definindo como escasso nesses ambientes.

Ser amigo não significa ver inúmeras vezes, ser amigo significa estar em união com a possibilidade de se vulnerabilizar, confiando que o outro possa te ajudar.

Sendo assim eu me me pergunto:

Porque eu não acredito que eu possa ter amigos mesmos em experiências rápidas e momentâneas?

E a resposta é por confiar que o outro possa me ajudar. "Ninguém salva ninguém"/ "Ninguém ajuda ninguém (de forma ativa)" a ajuda só é recebida se o recebedor dessa ajuda perceber. Em outras palavras é como se eu não estivesse aberto para perceber essa ajuda independente de como ela venha: por exemplo eu posso estar "esperando" que a ajuda venha como um abraço amoroso, ou um colo amigável (famoso ombro amigo), quando na verdade estou simplesmente experimentando amizades onde a presença se faz presente, a fala busca expandir as ideias, mas o carinho e a afeição não fazem parte da experiência, e por isso me sinto triste.

Agora e se eu começar a me expressar de forma amorosa? Como?

Abraçando, entregando esse amor (de forma física por assim dizer) para as pessoas. É só questão de tempo até que eu passe a receber isso do universo...

Lembre-se o Todo (universo) é reflexo do 1 (que nesse caso pode ser tanto 1 como eu, quanto 1 como Deus)

Ou seja, se eu plantar amor e afeto físico, receberei o mesmo.

Porém hoje vivo um dilema gigante: Ao iniciar o contato físico minha sensibilidade faz me sintonizar as dores, desejos e angústias da pessoa com quem me relaciono. E isso me faz associar-me a obsessão espiritual. Em outras palavras, aprendi a não me relacionar fisicamente, pois o toque físico é sinônimo de abrir portas para que o mal do outro chegue até meu coração.

Mas vamos adiante: Eu apenas experiencio no outro aquilo que eu carrego dentro de mim.

Ou seja, se eu recebo do outro "energia negativa" é porque possuo ela em mim em alguma parte do meu SER.

Portanto vamos nos conectar com as minhas sombras para que ao integrá-las eu me permita me integrar com qualquer pessoa, independe da "energia que sinta vindo dela".

Vamos além!

Eu me sinto frustrado ao perceber energia negativa em mim,

E eu me sinto frustrado pois é uma escolha que faço.

E faço essa escolha pois isso me serve de alguma forma.

É fácil de entender eu me frustro com x, logo eu passo a evitar x, e é muito mais fácil de viver. Crio uma bolha de não-integridade, que limita a minha experiência humana. É o que a maioria das pessoas faz: amam apenas aqueles que com que concordam com a conduta.

Qual o real valor em amar incondicionalmente aquele que é reflexo apenas da sua luz?

Voltemos a minha prática: Qual a pior coisa que pode acontecer se eu não mais me sentir frustrado ao interagir com "energia ruim"?

Resposta: Passar a interagir com ela cada vez mais (óbvio).

Se eu manifesto constantemente tudo aquilo que acredito ser "bom" para mim. Chamar algo de "Ruim" é o primeiro passo para viver a polaridade.

Ao perceber que toda energia é pura e neutra e que sou eu quem atribuo essa qualidade "Ruim" a ela é sinônimo de perceber que a polaridade vive em mim, portanto não estou sendo um ser neutro. Eu sou quem está dando força ao "ruim" ao criá-lo na minha mente, defini-lo, por assim dizer.

Para solucionar isso se faz necessário uma ação:

Parar de atribuir rótulos (Qualidades) de "bom" ou "ruim" para as "energias".

Afinal a verdadeira alquimia é transformar o chumbo em ouro, basta saber ligar com aquilo que recebe e ganhar valor a partir da própria experiência...

Qual a pior coisa que pode acontecer se eu deixar de qualificar algo como ruim?

Me doar integralmente tanto aquele que pode me ferir, quanto aquele que pode me fortificar...

Ferir é fragmentar, é dividir a rota, é dizer que não se é integro.

Fortificar é permanecer no centro, nem +, nem -, o "ZERO" é integro pois não diminui ninguém ao se posicionar contra, nem fortalece ninguém (no sentido de salvar) ao estar a favor...

Cada um faz seu próprio caminho. Eu quero que a minha experiência melhore: o meu caminho em si. Mas não quero me apegar a nada, nem quero denegrir nenhuma parte desse caminho.

Ao aceitar e ser grato pelo que recebo me abro para ir adiante

Ao me apegar ao que recebi me fecho para receber o novo

(Acho que é fácil de perceber, mas vale sempre lembrar...)

Logo voltemos a experienciar da energia boa e ruim.

O que eu perco ao experienciar a energia ruim?

Perco meu relaxamento...

Olha só que interessante, eu acredito que a energia ruim me deixa tenso.

E que seu oposto me relaxa, me deixa a vontade.

Mas e se eu mudasse a minha definição de relaxamento?

Ao invés de relaxamento ser a ausência de contração física (a maioria dos problemas acontece quando focamos na qualidade física como sendo maior que a mesma qualidade espiritual), se tornar a ausência de contração espiritual, ou seja mesmo frente a energia ruim, que antes me ligava o modo "bater ou correr", e eu me contraia. Agora eu permaneço expansivo. Isso não significa que eu irei bater e que antes eu fugia (mesmo que para dentro de mim: contração).

Isso significa que eu permaneço confiante em mim mesmo independente da situação.

Lembre-se: Circunstâncias não importam, apenas o estado interior que importa.

(Posso falar mais sobre isso, assim como as qualidades físicas e espirituais, se alguém pedir-me adiante)

Lembre-se parte dois: A Ilusão do Poder foca em se sentir poderoso (expandido) apenas frente a uma situação (no caso interagir com energia boa) enquanto o Poder da Ilusão te permite se sentir poderoso (expandido) independente da situação (no caso interagir tanto com energia boa quanto a ruim). Perceba que esse lembrete é um fortalecimento o 1º.

OK.

Sendo assim volto a me perguntar:

Qual a diferença da energia boa e da ruim?

Nenhuma. Ou pelo menos nenhuma no ponto de vista de qualidade perante a mim, mas total no ponto de vista perante aquele que a porta. Em outras palavras, pouco importa para mim qual a energia que estou vendo refletida no próximo, mas sei que para esse próximo essa energia muda por completo a sua própria experiência...

Vamos adiante!

Quantas vezes nós estávamos nos sentindo "mal" sem perceber esse sentimento?

Às vezes por estar tão no piloto automático que nos esquecemos de como avaliar a própria situação.

Eu já vivi isso, você já viveu isso, todo mundo já viveu isso.

É simplesmente um processo de amadurecimento e percepção.

Em outras palavras: consciência do próprio amor-próprio.

Ok, mas agora como é que eu posso interagir com a energia ruim sem me sentir frustrado?

Me doando em igual proporção independe de qual seja essa energia de que recebo a reflexão.

Afinal lembre-se: tu não é o outro!

Mas você quem atraiu esse outro para si.

Atraiu para que ele te lembre como amar incondicionalmente?

Atraiu para te lembrar que você pode estar se sentindo assim, também?

Bom eu não sei.

Fato é que se você se prender a circunstância, pode ser que isso te abale (te frustre)

Porém se você se prender na sua AUTONOMIA PESSOAL certamente isso irá te expandir.

Lembra: Circunstâncias não importam, apenas o estado interior.

Logo eu te pergunto doar-se para essa pessoa: que não é sinônimo de salvá-la, mas de você ser o reflexo que influencia o todo, ao invés de ser influenciado pelo reflexo que chega até você, é o que te permitirá dar o primeiro passo para sair da polaridade "energia boa e energia ruim", afinal é tu quem está sendo o alquimista desse encontro, e não o objeto a ser "alquimizado", por assim dizer.

Logo Autenticidade = Autonomia pessoal = estado constante de Alquimia Consciencial, perante o todo

AUAUAL! kkk parece até piada, mas ficou fácil de lembrar...

Se eu estou consciente de que posso entregar minha melhor versão para qualquer que seja a situação, estou literalmente transformando chumbo em ouro: o que me importa é a minha experiência perante o todo, mais do que a experiência do todo perante a mim*

* = Mais vale ter um teatro com 100 pessoas te assistindo enquanto você faz o que ama e é valorizada por isso? Ou vale mais ter uma live para 100 000 presentes em que você tem que vestir uma máscara para fazê-los fiéis às suas palavras?

Logo entregar a sua melhor versão = ser autêntico

Gosto da frase que "Deus desenhou uma paisagem dentro de cada ser humano, o trabalho do ser humano é identificar essa paisagem interna e expandi-la para o mundo", Logo minha paisagem interna é justamente aquilo que me diferença do outro: minha autenticidade.

Ser autêntico = ser eu mesmo independente do que a plateia te peça (independe das circunstâncias)

Autonomia é fazer por você mesmo, é necessário entregar a sua verdade (sua paisagem interna) para o outro para que você realmente possa saber se está no caminho certo ou não. Ninguém nega, por muito tempo, aquilo que é a Verdade.

Ter autonomia = Ser um Alquimista em Consciência

A Alquimia Consciencial é se permitir se reinventar a cada peça de teatro, se permitir renascer em cada pequena morte (quem aqui lembra dos ocultistas se referindo às pequenas morte e a grande morte?), se permitir alterar suas próprias crenças (como estamos fazendo aqui), em troca de poder retornar ao primeiro ponto dessa equação: entregar sua melhor versão!

Olha só que lindo foi essa trajetória:

Nós percebemos que:

1. Não existe energia negativa nem positiva no sentido de reflexo, isso é apenas uma circustância exterior.

2. Não importa qual seja a circunstância exterior, o que importa é o meu estado interior.

3. Estando com o estado interno alinhado eu me permito:

- Ser autêntico, ser real, ser verdadeiro

- Ter autonomia, fazer as mudanças internas para ter a melhor experiência com o externo

- Me transformar constante(mente) = Alquimia Consciêncial

Porém atenção!

É importante notar que: se transformar, ter autonomia e ser autêncico em nada tem a ver com vestir máscaras. o 1º aspecto: autenticidade, já mostra que não há máscaras.

Da mesma forma que a Alquimia é sempre interna (consciêncial) e não externa no sentido de manipulação.

Lembre-se nenhum passo posterior funciona se o primeiro não for realizo.

- Ser autêntico:

isso só acontece se você permite os outros serem também.

Não é possível ser algo que eu não permito que o outro seja.

Logo minha autenticidade é ponto de partida para assumir que o outro também está sendo.

Se eu limitar a manifestação de alguém, receberei pelo próprio carma, a limitação da minha manifestação.

- Ser autonomo:

isso só acontece se você permite os outros serem também.

Novamente: não é possível ser algo que eu não permito que o outro seja.

Logo minha autonomia é ponto de partida para permitir que o outro também seja.

Se eu limitar a experiência de alguém, receberei pelo próprio carma, a limitação da minha experiência.

- Ser um Alquimista Consciêncial:

isso só acontece se tua vontade é de evoluir.

Aqui você já passou do nivel: você já compreendeu que você pode ser quem você quiser e você pode serguir o caminho que você preferir.

Mas é lógico pensar que mesmo fazendo aquilo que acha certo, é só questão de tempo para buscar algo que seja ainda mais certo, ou ainda, que esteja mais alinhado com que você é nesse novo momento da sua existência: o eterno agora.

Logo para que você esteja alinhado você precisará refefinir suas crenças, ou como o pessoal aqui gosta de dizer: terá de ganhar novos entendimentos

(Um abraço à Egrégora do Amor e do Conhecimento)

Só assim tu poderá viver novas experiências: aprendendo e aplicando aquilo que agora sabes

Desse modo não só você se notará diferente de antes (um outro momento do eterno agora)

Mas perceberá que você estará lidando com novas circustâncias (um novo momento do eterno aqui)